Se nos adultos as contipações são algo cíclico, nas crianças não é diferente. Acaba é por nos custar mais por sabermos exactamente o que estão a passar e o que custa.
O Bé está, de novo, constipado. Este ano até se safou bastante bem, normalmente começaria ainda no Outuno!... Acredito que isto se deva à tal vacina que ele tomou por causa da sinusite e da adenoidite, mas seja lá qual fôr a razão, dou graças por isso!
Quinta-feira, dia 10, ele acordou com uma horrível "tosse de cão" e, depois de nos aconselharmos, começámos a dar-lhe um anti-inflamatório.
Sexta a tosse persistia.
Sábado acordou completamente constipado e já se notava a expectoração de cada vez que ele tossia (já não era tosse de cão, felizmente). Muito tosse a pobre criança! Dá dó só de pensar as dores musculares que ele já deve ter e o cansaço que toda esta situação provoca (o que não o impede de andar a cabriolar como de costume, só faz mais alguns intervalos para recuperar o fôlego... Curtos!)
Já estamos a dar-lhe os medicamentos necessários e, acredito que no prazo de uma semana ele já tenha recuperado. Espero!...
Entretanto, no Domingo, tivémos convidados para o almoço. A Madrinha e o marido (que tratamos por padrinho também) e que acabaram por ficar também para jantar. Devo salientar que eles não têm filhos, e que, principalmente o padrinho, não têm muito contacto com crianças, com as suas rotinas e com todas aquelas situações menos agradáveis a que todos os pais se habituam. À hora de jantar, fomos todos para a mesa e estávamos, agradávelmente, a comer e a conversar quando, de repente, o Bé se levanta da mesa sem dizer nada. Como faz parte das nossas funções de pais ensinar-lhe boas maneiras dissémos-lhe logo:
- Onde é que vais sem pedir licença?!
Responde ele, falando de uma forma meio esquisita:
- Vou ali à xanita deitar esta ranhoca que tenho na boca.
Escusado será dizer que nos arrependemos no acto de ter perguntado e que nem tive coragem de olhar para os padrinhos, mas é possível que, se o tivesse feito, poderia ter notado uma certa tonalidade esverdeada nas suas caras!...
Desde que montámos a árvore de Natal, como manda a tradição dia 1 de Dezembro, que o Bé nos diz, mais tarde ou mais cedo, mas invariavelmente todos os dias: - Acho que já chegou o Natal!
Anda delirante porque já tem prendas debaixo da árvore e até já pôde abrir uma ou outra.
(Mãe, eu tenho um Spiderman, mãe! Eu tenho um Spiderman!!!...)
Comprámos um Calendário do Advento, que tem um chocolatinho em cada janelinha, para o ajudar a contar os dias até ao Natal, mas ele acha sempre que é hoje!
Sempre quero ver como vai ele reagir ao Pai Natal este ano...
Gritava hoje o Bé, qual Buzz Lightyear do escorrega. Passámos duas fantásticas horas no parque... E feliz que ele estava!...
Orgulho d@ Mishka ::
domingo, novembro 25, 2007 ::
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Uma destas noites estávamos a preparar o Bé para ir para a cama. À tarde, para dormir a sesta, o Bé já não precisa da fralda, mas à noite ainda faz falta e, mesmo assim às vezes há uns acidentes nocturnos... Por isso mesmo, antes de vestir a fralda, mandamos sempre o Bé ir fazer xi-xi à sanita, esta noite não foi excepção, e o pai mandou-o à casa de banho. Quem sai aos seus não degenera, e o Bé saiu teimoso qu'eu sei lá! E do contra! Esta noite em particular, o pai estava a mandá-lo ir à casa de banho para lhe vestir a fralda a seguir. Depois de repetir milhentas vezes "vai fazer xixi, filho" ele, às tantas, já visivelmente zangado, fez menção de se levantar da cama e levar o Bé para a casa de banho, quando o pequeno se vira para ele e diz: - Tás-t'a paxar dos carretos, pai! E ala que se faz tarde, foi para a casa de banho!
Noutro dia, íamos no carro os três. Lá atrás o Bé ia em silêncio (coisa rara nesta nossa gralha de estimação) e, às tantas, o pai mete-se com ele: - Oh, filhote! Tás cá hoje? O Bé olha para o pai mas não responde. - Então, filho. O que é que vais a ver tão caladinho? O Bé olha para o pai e diz: - Tu sabes é muito! Remete-se ao seu silêncio outra vez, olhando pela janela.
Mas onde é que ele vai buscar estas saídas?!
Orgulho d@ Mishka ::
quarta-feira, novembro 21, 2007 ::
0 Traquinice(s):
No quarto do Bé dois homens-aranha conversam: - Tu és mau e eu xou bom! - Pois é! Eu xou buéda mau! - Pois és! Vamos lutar! - Yahh! - Yaahhh! -YYYAAAHHHH!!!!! -YYYAAAHHHH!!!!! - Pronto, queres ser meu amigo? - Quero!
Esta criança tem umas coisinhas a ensinar a certos dirigentes de países, não?! ;)
Ontem ao fim do dia fui, como sempre, buscar o Bé à ama. Meti-o no carro, prendi-lhe o cinto e vou para o meu lugar de condutora. Dou à chave e... nada! Absolutamente nada! Ainda andei ali às voltas a ver se seria algo que eu pudesse resolver, mas o carro nem bulia! Liguei para o L e disse-lhe: - Olha o carro berrou! - Então? Lá lhe contei o que se tinha passado e ele diz-me que deve ser a bateria para eu telefonar para o mecânico e dizer-lhe para me levar outra. Tudo bem, é o que eu faço. Daí a pouco telefona-me o meu pai. Depois da conversa normal, dos "como vais?" e "tudo bens?", lá lhe contei onde estava e porquê. Entretanto pus o telefone em voz alta para neto e avô conversarem um bocadinho: - Olá, Bé! - Olá, Vô. - Então, estás bom? Ainda estás na Élia? - Olha, tou. O carro borrou-se!
Foi gargalhada geral! E diz o avô:
- Então e agora? Tens que ir a pé para casa... O Bé fica muito sério, o queixo cai-lhe e olha para mim com um ar baralhado. Depois decide-se: - Na, não! Eu tenho que ir de carro! - Mas o carro está avariado, como é que vais fazer isso? O carro não anda! - Mas a minha mãe já chamou o macânico e ele vem 'ranjar!
Orgulho d@ Mishka ::
quinta-feira, outubro 18, 2007 ::
0 Traquinice(s):
Assim que cheguei à ama o Bé saltou para o meu colo e beijou-me. Como de costume. Quando o pus no chão, diz-me ele muito depressa: - Ó mãe, eu po'tei bem, mãe. Eu não bati nos meninos todos! - ...
Todas as noites o Bé exige uma história ao deitar... E a mãe conta! Fico feliz por ele se interessar pelos livros não fosse eu uma leitora tão ávida! Tento sempre que a história tenha vida e interesse para ele, fazendo as vozes diferentes para cada personagem e contando com entusiasmo os acontecimentos do livro. Já há algum tempo, ainda era ele demasiado bebé para compreender, começámos uma colecção de histórias da Disney que ele agora não troca por nenhum outro! Por enquanto, ele pede sempre a mesma história, todas as noites, durante semanas de seguida e, às tantas já me aborrece contar sempre a mesma história. Nas últimas semanas tem sido o Bambi, e eu lá o convenci a mudar há duas noites atrás... - Ó filho, escolhe lá outra história... - É outa, mãe? - Sim, tens tantos livros, escolhe lá outra. - Tá bem. (começa a remexer nos livros todos) Pode xer esta, mãe? - A Pequena Sereia? Pode, filho, esta é bonita. - Não! (ele não é do contra nem nada!) - então? - Esta! Como Apanhar um Heffalump. Esta é do Winnie the pooh, queres? - Xim! - Está bem!
Lá lhe contei a história, mas como durante toda a história não se sabe o que é um Heffalump, ela não tem muito interesse para ele. Ontem, durante o jantar falámos sobre a história que íamos ler antes de dormir: - A do Pooh não, não é filho? Não tem piada nenhuma, pois não? - Não... É o Bambi! - O Bambi... Está bem... (com notória falta de entusiasmo)
O jantar decorreu normalmente e, enquanto eu arrumei a cozinha o pai ajudou-o a lavar os dentes e apreparar-se para ir para a caminha, como de costume. Quando está todo prontinho e sentadinho na cama, o Bé grita por mim: - MÃÃÃÊÊÊÊÊ!!!! - Sim, já vou. E lá vou eu para o quarto para lhe contar a história da noite. Lá chegada o Bé está de roda dos livros e diz-me o pai: - Temos uma palavra nova! - Sim? - Respondo com curiosidade. (ele disse-me qual era e fez-me a tradução também mas eu não vos vou dizer para não estragar o efeito! hihihi) - Então filho, qual é a história de hoje? Ele pega na história do Heffalump e diz-me: - Esta não, mãe. Esta não tem piúma! Remexe mais uma pouco nos livros e escolhe outra história: - É esta! Esta tem piúma!
Vocês vão-me desculpar, mas todas as fotos foram tiradas com o meu telemóvel... Não estão lá grande coisa em termos de qualidade (compensei em quantidade, juro! lol) mas valem muito pelas recordações!
A foto do canhão merece um pequeno desenvolvimento... A conversa foi mais ou menos assim:
- O que é isto, mãe? - É o buraco onde estava um canhão, filho. - O que é um canhão, mãe? - Oooops!
